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Enfermeira capixaba, vice-reitora da Ufes, conquista espaço internacional como pesquisadora


22.12.2017

Admiração. Essa é a palavra mais ouvida quando o assunto é a enfermeira e professora Ethel Leonor Noia Maciel Sá. E não é para menos.

Capixaba de Baixo Guandu, Região Centro-Oeste do Espírito Santo, a professora Ethel tem uma trajetória que merece mesmo toda admiração e respeito.

Ela conta que optou pelo curso de enfermagem por influência do pai, farmacêutico prático que se dedicava a cuidar das pessoas. Um exemplo que se tornou uma fonte de inspiração.

Mas outra arte também despertou interesse na então estudante: a dança. Foi bailarina profissional durante vários anos, inclusive com apresentações fora do Brasil. Chegou a ficar dividida sobre qual caminho seguir. O pai, mais uma vez, deu uma ajudinha. Exigiu que ela concluísse o curso de enfermagem para, só depois, fazer sua escolha.

E quando chegou o momento, a recém-graduada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) deixou os palcos para brilhar como enfermeira. “Os pais sabem mesmo das coisas. Logo descobri que amava a enfermagem e quando terminei o curso já estava engajada em pesquisas. Sou muito feliz por ter seguido essa profissão”, ressaltou.

Agora, com 24 anos de formada, é dona de um currículo extraordinário, cheio de experiências de sucesso não só para ela, mas, principalmente, para a saúde coletiva e a ciência.

Trajetória – Desde 2013, Ethel Maciel é vice-reitora da Ufes. Possui mestrado em Enfermagem de Saúde Pública pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, doutorado em Saúde Coletiva/Epidemiologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e pós-doutorado em Epidemiologia pela Johns Hopkins University e pela UC Berkeley School of Public Health (ambas nos Estados Unidos). Também é coordenadora de área da Rede Brasileira de Pesquisas em Tuberculose (Rede-TB) e membro da Comissão de Epidemiologia da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

A capacidade da pesquisadora ganhou mundo. Em 2016, Ethel Maciel passou a integrar o comitê técnico da Organização Mundial da Saúde (OMS) que auxilia os países com elevados índices de tuberculose a combater a doença. Outros nove pesquisadores fazem parte do comitê, sendo um da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e os demais de países como Estados Unidos, Inglaterra, África do Sul, Canadá, Holanda, Índia e Vietnã.

Em novembro último, durante o 20º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF), realizado no Rio de Janeiro, Ethel Maciel recebeu o Prêmio Anna Nery 2017. A homenagem é uma honraria concedida pelo Cofen em reconhecimento ao talento e ao compromisso com a profissão.

Perguntada se pensa em novos projetos, a resposta foi imediata. “Sempre! Assim que concluir minha gestão na vice-reitoria, dentro de dois anos, pretendo me dedicar a outras frentes de pesquisas e intensificar minha contribuição nesse campo, em nível internacional.”

A professora ainda dá uma dica para quem busca o sucesso profissional. “É fundamental gostar muito do que faz, ter uma boa formação, focar nos objetivos e sempre acreditar na profissão e em si mesmo.”

EaD – Sobre a formação, Ethel Maciel alerta que os cursos de enfermagem devem ser presenciais. Nunca por ensino a distância. “Não é possível aprender a cuidar do outro sem aprimorar, presencialmente, as nossas habilidades técnicas. Espero que a luta travada pelo Cofen e Conselhos Regionais de Enfermagem seja vitoriosa, para assegurar qualidade na formação e no exercício profissional.” Ethel, no entanto aprova a modalidade EaD para as profissões exclusivamente teóricas, que não é o caso da enfermagem.

Reconhecimento – Uma boa formação também é requisito essencial para fortalecer a busca pelo reconhecimento da profissão. “A enfermagem tem uma importância vital para a sociedade. Seja na assistência direta, na sala de aula, nas pesquisas ou na elaboração de políticas públicas. Mesmo assim, não conta com a valorização social e econômica que merece. Muita coisa precisa ser feita para corrigir isso. Um dos caminhos é ocupar os espaços políticos, onde as decisões de fato são tomadas. Se tivéssemos representatividade na Câmara Federal, por exemplo, a jornada de 30 horas semanais para a enfermagem já teria sido aprovada”, enfatizou.

Conselho presente – Como enfermeira registrada no Coren-ES, Ethel Maciel fez uma avaliação positiva do seu conselho de classe. “A atuação do Coren-ES melhorou muito nos últimos anos. Está mais presente e houve um estreitamento na relação com os órgãos formadores, como a Ufes. Essa aproximação é muito boa para os futuros profissionais”, concluiu.

 

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