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Em entrevista ao site do Coren-ES, presidente do Cofen destaca união da enfermagem como principal desafio da nova gestão


11.06.2012

Unir a enfermagem para fortalecer e buscar a valorização da profissão. Esse é o maior e o mais urgente desafio a ser enfrentado pela nova gestão do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Foi o que destacou a presidente da entidade, Marcia Cristina Krempel, durante participação no 1º Congresso Nacional de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem, realizado no Centro de Convenções de Vila Velha, no período de 30 de maio a 1º de junho. Para os auxiliares e técnicos de enfermagem, a presidente do Cofen fez um anúncio que representa importante avanço: auxiliares e técnicos de enfermagem irão compor uma Câmara Técnica no Conselho Federal.

Durante a abertura do 1º Conaten, a senhora anunciou a criação, pelo Cofen, de uma Câmara Técnica que será composta por profissionais de nível técnico
R – A proposta é construir, junto com representantes dos auxiliares e técnicos, a composição dessa Câmara que vai ter o objetivo de refletir e aprofundar as discussões que afetam mais diretamente os auxiliares e técnicos, e nos ajudar a elaborar políticas públicas para o reconhecimento dessa profissão.

Existe prazo para a Câmara ser criada e começar a atuar?
R – Nós estamos marcando a primeira reunião para o final da primeira quinzena de junho para discutirmos os nomes. Estamos pedindo indicações de nomes. A Câmara inicialmente será formada por cinco profissionais e queremos uma representação em nível de Brasil, pelo menos um por região, que tenha auxiliares e técnicos, e com indicação de diversos segmentos, como sindicatos e Anaten, para ser realmente uma Câmara democrática. E como é uma categoria muito grande, com grande número de profissionais, vamos sugerir que possa haver um revezamento desses elementos que vão constituir essa Câmara. Então, é interessante estabelecer uma renovação parcial ou total a cada ano. Mas isso será definido em um regimento interno que será construído em conjunto.

A Câmara Técnica representa um avanço importante, mas os auxiliares e técnicos reivindicam a participação no Plenário do Cofen. Há essa perspectiva?
Sim. Essa pode ser uma das tarefas, uma das atribuições da nova Câmara Técnica. Estudar e apresentar uma proposta de como inseri-los no Plenário do Cofen. Essa proposta poderá ser encaminhada ao Congresso Nacional para que seja avaliada, transformada em Projeto de Lei e aprovada. Só os parlamentares, no Congresso, podem alterar a Lei que instituiu os Conselhos de Enfermagem.

A senhora assumiu, recentemente, a presidência do Cofen. Seu antecessor, Manoel Carlos Neri da Silva, firmou alguns compromissos com o Coren-ES. Entre eles estão a construção da nova sede do Conselho, em Vitória, e a retomada do Coren em Ação, programa de qualificação profissional. A senhora e o novo Plenário mantêm esses compromissos?
Com certeza. A nossa chapa foi eleita com o slogan”consolidar as mudanças e avançar”. Então, tudo que foi acordado na gestão anterior está mantido. Assumimos todos os compromissos acordados. Nós temos essa responsabilidade de dar segmento e continuar avançando. E com o Coren do Espírito Santo não será diferente. Não queremos só manter os compromissos, mas avançar. O presidente Coutinho pode ficar tranqüilo. Inclusive, nessa minha vinda ao Espírito Santo, trouxe um termo de doação para ser assinado para aquisição de um veículo tipo van para transformar em Coren Móvel. Essa já é uma das promessas cumpridas. Em relação à construção da nova sede estamos discutindo com o presidente daqui a melhor forma de viabilizar, o mais rápido possível, uma sede adequada, num espaço digno, tanto para os trabalhadores do Coren-ES quanto para os profissionais de enfermagem do Espírito Santo, um ambiente mais acolhedor, digno da categoria.

E o que a enfermagem brasileira pode esperar da nova gestão do Cofen? Qual é o grande desafio para os próximos três anos?
O grande desafio hoje é a valorização da enfermagem. Nós temos que participar mais efetivamente das políticas públicas. Nós temos que ter o respeito e consideração por parte do Ministério da Saúde, que deve ouvir o Conselho Federal e os Corens na hora de definir portarias que envolvam diretamente à nossa profissão. Nós temos que ser consultados, temos que ser ouvidos, temos que participar dessa construção. Não podemos continuar assistindo esse retalhamento da profissão. A cada dia acaba se criando uma nova ocupação, uma nova categoria que desenvolve funções que competem à enfermagem. Funções que poderiam ser consideradas como especialização da nossa profissão.

É o caso do cuidador, por exemplo?
Sim, como o cuidador. Poderíamos ter o técnico com especialização em gerontologia. Não precisamos criar novas ocupações. Novas profissões estão sendo pulverizadas no mercado de trabalho. Precisamos de políticas que consolidem a profissão de enfermagem, que dêem o valor devido à nossa profissão. O que estão fazendo é um mecanismo de diminuir salário, porque se você cria uma nova profissão, ela não terá a mesma força de luta que a enfermagem hoje tem. Então, provavelmente, é isso que está acontecendo. Já sentiram que a enfermagem unida tem força. Ela reivindica. Está reivindicando, por exemplo, o piso salarial nacional. Está reivindicando uma carga horária de trabalho regulamentada. Então, é muito mais fácil sermos fragilizados com a criação dessas diversas categorias que vêm concorrer no mercado de trabalho com o enfermeiro, com o técnico e auxiliar, para nos enfraquecer. É uma disputa de mercado de trabalho. Acho que esse é o grande desafio dessa gestão, trabalhar na união da nossa categoria. O segundo grande desafio é tornar o Sistema Cofen/Corens funcionando de forma alinhada, sem condutas e tratamentos diferentes. Por exemplo, no caso da fiscalização. Os mesmo critérios adotados no Rio Grande do Sul serão adotados no Amazonas e assim por diante. É isso que queremos. Um sistema único, uniforme, harmonioso, trabalhando de forma coesa, para o bem da enfermagem.

Presidente do Cofen em visita ao ES aponta desafios da nova gestão

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