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Coren-ES alerta que enfermagem do Hospital Dório Silva está sendo injustiçada e teme desassistência


12.06.2018

Logo após tomar conhecimento das investigações sobre suposto furto de medicamento no Hospital Estadual Dório Silva, na Serra, o Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) solicitou à Polícia Civil informações oficiais do caso. Até o momento, porém, não houve resposta.

Diante disso, e já tendo constatado que foram passadas informações inconsistentes para a imprensa, o Coren-ES tem ido ao Dório Silva ouvir os profissionais. Na noite dessa segunda-feira (11/6), o presidente do Coren-ES, Wladimilson Gama Almeida, e os conselheiros Onízia Alves Batista Cândido e Josimar Bento dos Santos estivem no hospital para conversar com a equipe.

“Está havendo um massacre público da enfermagem. E isso nós repudiamos. Ainda não obtivemos informações oficiais, mas já verificamos que muitos profissionais foram vítimas da ineficiência da gestão e das condições inadequadas de trabalho”, avalia o presidente do Coren-ES.

Denúncias – Nos últimos anos, o Coren-ES encaminhou relatórios a instituições como Ministério Público, Secretaria Estadual de Saúde, Comissão de Direitos Humanos da OAB e Organização Mundial da Saúde, mostrando a precariedade dos hospitais da rede estadual, especialmente para tentar suprir o déficit de profissionais de enfermagem.

Esse conjunto de ações resultou em uma melhora aqui e outra ali, mas o quadro geral ainda é muito crítico.

A enfermagem continua sobrecarregada, com excesso de pacientes em relação ao número de profissionais, os materiais são escassos ou precários, há muito desrespeito e tratamento discriminatório se comparado a outras categorias que têm carga horária menor, salário maior, local apropriado de descanso, entre outras diferenças.

É em meio a situações rotineiras como essas que a enfermagem se desdobra para prestar a melhor assistência possível ao paciente. E isso inclui, por exemplo, deixar os procedimentos burocráticos para segundo plano. É o caso da devolução de medicamentos no Hospital Dório Silva, onde o profissional precisa escolher se cuida de quem está internado ou se forma fila para usar o computador e fazer a devolução de medicamentos à farmácia.

Desassistência – A coletiva de imprensa que anunciou o primeiro resultado da operação policial foi, sem dúvida, sensacionalista. E, como dito acima, com informações inconsistentes. O número de profissionais foi aumentado e não houve afastamento de ninguém.

Inclusive, quando o afastamento realmente for concretizado, poderá ocorrer uma situação caótica, de total desassistência aos pacientes das UTIs, justamente os mais graves. Embora a Sesa tenha anunciado que vai substituir a equipe, existe forte dúvida de que isso ocorra de uma hora para outra.

O Coren-ES reafirma que guardar medicamentos em armários é irregular. Mas não deve ser configurado como crime. É injusto colocar no mesmo patamar uma pessoa que guardou medicamento com objetivo de utilizar na assistência do paciente internado e outra que retirou material do hospital com finalidade criminosa.

O Conselho avalia que a divulgação do caso foi precipitada e promoveu uma forte sensação de insegurança tanto para os pacientes quanto para a enfermagem. Não houve o devido cuidado de oferecer informações claras e precisas para evitar um julgamento coletivo antes mesmo dos processos administrativo e judicial.

Reconhecimento – A enfermagem é uma profissão essencial para o ser humano. É a única que permanece ao lado do paciente durante 24 horas do dia, apesar de todas as dificuldades existentes nas instituições de saúde. Mesmo assim, não tem o reconhecimento que merece.

O Coren-ES está determinado a proteger a reputação da enfermagem, atuando dentro das suas prerrogativas legais para assegurar que a profissão seja exercida com responsabilidade, dignidade, honestidade, excelência técnica, científica, humana e ética.

“Esse é o nosso papel. E é isso que estamos fazendo”, garantiu Wladimilson.

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