Após treinamento e protocolo instituído, enfermeiro está pronto para realizar classificação de risco

29.10.2010

A novidade chegou ao Espírito Santo em 2008, no Hospital Dório Silva, na Serra, primeira unidade a adotar o Acolhimento por Classificação de Risco. Quem coordenou a implantação foi o enfermeiro Geraldo Silvério. O novo sistema de atendimento faz parte da Política Nacional de Humanização do SUS e tem como objetivo garantir atendimento adequado ao paciente e mais conforto à família.

A partir da experiência positiva no Dório Silva, o Acolhimento foi instituído em mais dois hospitais da rede estadual: o São Lucas e o Nossa Senhora da Glória (Infantil), em Vitória. A rede privada também lançou mão do serviço. Recentemente, as prefeituras de Vila Velha e da Capital também decidiram aderir ao novo modelo.

Como quase tudo que é novo, o Acolhimento também gerou polêmica. Não só aqui como em outros estados. A principal é o fato de delegar a um enfermeiro a função de classificar o risco. O questionamento é basicamente um só: o enfermeiro está capacitado para avaliar o grau de necessidade de atendimento do paciente?

Os resultados obtidos até agora já seriam suficientes para dissipar qualquer dúvida nesse sentido. Mesmo assim, a Câmara Técnica do Coren-ES emitiu parecer no qual afirma que o enfermeiro está apto a realizar o Acolhimento com Classificação de Risco desde que a instituição construa ou adote um protocolo e treine adequadamente os profissionais para esse propósito. No Espírito Santo o protocolo adotado foi o de Manchester. É fundamental, ainda, que toda a equipe tenha condições dignas de trabalho e não sejam submetidos a uma jornada exaustiva.

Classificação Protocolo de Manchester