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Atenção profissionais: Pesquisa “Perfil da Enfermagem no Brasil” será aplicada no Espírito Santo em breve


06.07.2012

Auxiliares, técnicos e enfermeiros do Espírito Santo estão prestes a participar de um projeto de extrema importância para o futuro da enfermagem brasileira. É a pesquisa “Perfil da Enfermagem no Brasil”, realizada pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O estudo mostrará a realidade e necessidades da enfermagem, aspectos sociais, formação profissional, mercado de trabalho, nível de satisfação no trabalho e servirá como ferramenta para a gestão da saúde, contribuindo para melhorar a profissão e a assistência prestada à população. Em entrevista ao site do Coren-ES, a pesquisadora e coordenadora do projeto, Maria Helena Machado, da Escola Nacional de Saúde/Fiocruz, ressaltou a importância do estudo, explicou como será aplicado e chamou a atenção dos profissionais para a responsabilidade com o conjunto da enfermagem. Quem receber o questionário deverá responder com atenção e devolver à Fiocruz. A pesquisa é feita por amostragem. Auxiliares, técnicos e enfermeiros foram selecionados por idade, sexo, região demográfica, estado e cidade.

Qual a importância da pesquisa para a enfermagem e para a Saúde como um todo?
A importância é absoluta. É a maior pesquisa, uma pesquisa histórica para a corporação porque vai traçar o perfil da enfermagem. Vamos conhecer o perfil de todos os profissionais, seja aposentado, da ativa, que abandonou a profissão, o mais jovem, o mais velho, do ponto de vista da formação, do acesso dele ao conhecimento técnico-científico, ao mercado de trabalho, condições de trabalho, o que pensa da sociedade, o que pensa das entidades, ou seja, será a expressão máxima da corporação, formada por um milhão e seiscentos mil trabalhadores de enfermagem no Brasil. A partir desse perfil poderemos apresentar aos governos federal, estaduais e municipais, ao SUS e às entidades uma proposta baseada em dados científicos, dizendo o que nós precisamos, o que queremos, o que reivindicamos e o que exigimos.

Um exemplo do que pode resultar a pesquisa.
Podemos apresentar vários. O primeiro é a própria relação existente hoje entre a oferta e demanda proveniente das escolas. O volume de escolas de enfermagem, seja do nível técnico ou universitário, nos preocupa muito. O balanço entre o número de vagas, número de profissionais que se formam e o número de empregos não fecha. Então, essa pesquisa vai apresentar dados importantíssimos que mostram a necessidade de rever essa política, hoje desenfreada, de abertura de cursos na área da enfermagem. Outro ótimo exemplo diz respeito às condições de trabalho. Esse item vai dizer, objetivamente, as condições de salário, jornada de trabalho nas instituições públicas, privadas e filantrópicas. Existe infraestrutura básica de descanso para que ele consiga prestar assistência digna à população? Com base nos dados, as entidades poderão apresentar propostas aos empregadores e aos gestores da área de Saúde.

Como será o acesso à pesquisa? Quem responderá?
É uma ótima pergunta. Precisamos esclarecer como chegaremos a todos os auxiliares, técnicos e enfermeiros do país. É muito simples. Será através dos Corens e do Cofen. Todos estão inscritos nos seus Corens. O endereço estando atualizado, quem está inscrito no Conselho poderá receber o questionário. Mesmo que já esteja aposentado, sem precisar pagar ao Coren, Não importa a situação dele. Se ele abandonou a profissão, está registrado, se trabalha, está registrado, se está aposentado, está registrado. Então, a partir de dados dos Conselhos Regionais construímos uma lista aleatória, totalmente anônima, porque ninguém vai divulgar quem foi selecionado. Eles receberão em casa o questionário e a gente pede que respondam a todas as perguntas. O profissional também poderá acessar o site da pesquisa, ser sorteado e ter acesso através de uma senha para participar da pesquisa. Então nós temos essas duas formas, pela internet e através dos Correios.

Não serão todos os profissionais que responderão à pesquisa?
Todos os profissionais responderão à pesquisa através de uma amostra. Ou seja, o profissional que for sorteado responderá por um conjunto de profissionais. A pesquisa é de todo um contingente, mas não é um censo, é uma amostra. Se um profissional for sorteado, ele tem que ficar muito atento porque ele vai representar todo um universo.

Então ele tem a responsabilidade, compromisso, com os demais profissionais de responder a pesquisa?
Exatamente. Ou seja, é muito importante que todos os Corens digam aos profissionais o seguinte: se você foi sorteado, você representa um conjunto de trabalhadores que parecem com sua estrutura: idade, formação, região de trabalho e de atuação, então, responda ao questionário porque a sua resposta representará um volume grande de colegas profissionais iguais a você que não tiveram a sorte de ser sorteado. Veja bem, além de sorte, o sorteado tem o privilégio de representar um conjunto de trabalhadores em um projeto que trará benefícios a todos, profissionais e população.

A pesquisa será aplicada até quando?
A pesquisa de campo começou neste mês de junho pelo Norte do Brasil e segue para as demais regiões. A nossa proposta é que essa fase seja concluída em quatro meses. Serão quatro meses de luta, de trabalho duro para que todos os estados tenham seu perfil da enfermagem. Cada estado, cada região do Brasil precisa concluir a pesquisa. Por exemplo, para que o Espírito Santo tenha o perfil da enfermagem é preciso que os auxiliares, técnicos e enfermeiros respondam à pesquisa.

E as etapas seguintes?
As etapas seguintes serão a tabulação e análise dos dados e a publicação do relatório. Serão publicados 27 relatórios, ou seja, um para cada estado. Depois publicaremos um livro pela Fiocruz que será o retrato da enfermagem no Brasil. Do mesmo jeito que fizemos o retrato dos médicos faremos o da enfermagem. Também daremos publicidade nos sites, material impresso e em seminários. Teremos o maior prazer em retornar ao Espírito Santo para apresentar o resultado do estudo em um seminário conjunto com o Coren-ES, ABEn-ES e Sindicato dos Enfermeiros.

A pesquisadora da Fiocruz, Maria Helena Machado,
apresentou a pesquisa no ES durante o 1º Conaten, no início de junho

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