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Covid-19: 4,5 mil profissionais da saúde morreram na pandemia, aponta pesquisa

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20.10.2022

A pandemia da covid-19 é um período que não pode ser esquecido. A doença trouxe cicatrizes profundas para a sociedade e, principalmente, para os profissionais da saúde, que seguem atuando na linha de frente no combate ao coronavírus.

Nesta quarta-feira (19), a Organização Mundial da Saúde declarou que a covid-19 ainda é uma emergência de saúde global. A pandemia mais letal em gerações teve início há cerca de três anos e causou cerca 15 milhões de mortes em todo o mundo, segundo estimativa da OMS.

Os profissionais de Enfermagem estiveram na linha de frente do combate à pandemia, evitando o colapso sanitário, e foram severamente afetados pela doença. De acordo com uma pesquisa encomendada pela Internacional de Serviços Públicos (PSI), cerca de 4,5 mil profissionais de saúde morreram em decorrência da covid-19 no Brasil. Desse total, 70% eram técnicos e auxiliares de enfermagem, 25% enfermeiros e 5% médicos.

O Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) reforça a importância da imunização em massa para a redução de mortes, internações e sintomas graves ocasionados pela doença.

Valorização

Em razão da natureza e complexidade do trabalho da Enfermagem, é mais que urgente que os governantes e parlamentares se comprometam com a valorização da classe por meio da aplicação do Piso Salarial Nacional, disposto na Lei nº 14.434, atualmente suspensa pelo STF, após ação movida por entidades patronais.

Há mais de 20 anos a Enfermagem segue em busca de reconhecimentos que fazem parte de uma dívida histórica, e há tempos deveriam ter sido estabelecidos. Muitos profissionais deram a vida na pandemia e se foram sem saber o que é valorização, sem saber o que é piso salarial e sem viver o dia a dia de profissão com reconhecimento.