Contra declarações recentes do presidente Jair Bolsonaro que desqualificam enfermeiros

11.08.2019

O presidente da República, Sr. Jair Bolsonaro, ao explicar as novas regras do programa governamental que substituirá o Mais Médicos, afirma que caso o médico estrangeiro não seja aprovado no revalida não poderá atuar como médico. Portanto, terá que exercer outra profissão podendo, se quiser ser enfermeiro; contudo terá um salário menor.

Precisamos esclarecer à sociedade os equívocos cometidos pelo chefe do executivo nessas referidas declarações.

1- A Enfermagem não é uma subcategoria da medicina. É uma profissão regulamentada desde 1955 e é a maior profissão de saúde do país. A Enfermagem atua nos diferentes níveis de atenção à saúde, desde o cuidado pré-natal até após a morte. É a enfermagem quem prepara o corpo para que o indivíduo tenha dignidade póstuma.

Nesse sentido, é importante esclarecer que para ser enfermeiro é preciso cursar graduação de 5 anos e ter registro profissional conferido pelo Conselho Regional de Enfermagem.

2- Ao mencionar um salário menor para o enfermeiro, o presidente Bolsonaro traz à tona uma triste realidade: a desvalorização da enfermagem no país. Contrapondo a desinformação do presidente ao tentar diminuir os enfermeiros, destacamos o movimento internacional Nursing Now, em vigor e com o apoio da Organização Mundial de Saúde e Organização Panamericana de Saúde, busca a valorização da enfermagem em diversos países.

Espera-se da maior autoridade do país, que se informe antes de proferir opiniões. Além disso, espera-se que uma sociedade madura e desenvolvida valorize o cuidado humano. Se não valorizamos quem cuida de pessoas, quem valorizaremos?

Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES)

#EnfermagemExigeRespeito

#QuemCuidaMereceCuidado

#EnfermagemValorizada

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