Pacientes e profissionais de enfermagem enfrentam situação caótica no Hospital São Lucas


22.02.2017

 

Após fechamento do PS, quadro só piorou nos serviços mantidos na área do HPM

A transferência do pronto-socorro do Hospital São Lucas para o seu antigo endereço, no Forte São João, em Vitória, em dezembro do ano passado, não significou melhora nos serviços mantidos em funcionamento no Hospital da Polícia Militar. Se a intenção de fechar o PS era reduzir a demanda e minimizar a sobrecarga na unidade, isso não se concretizou.

É verdade que não há mais pacientes amontoados pelos corredores. Por outro lado, mudou o perfil dos doentes que continuam chegando por meio da Central de Regulação de Vagas. São pessoas com doenças crônicas, graves, e com grau maior de dependência da enfermagem. Ao mesmo tempo, o número de auxiliares, técnicos e enfermeiros foi reduzido, comprometendo a assistência de enfermagem.

Isso foi constatado por fiscais do Coren-ES, que na tarde nessa terça-feira (21) retornaram ao São Lucas acompanhados do presidente do Conselho, Wilton José Patrício.

Na visita foi verificado que, de novembro de 2016 até agora houve uma redução de 49% no quadro de profissionais. Atualmente, existem 32 enfermeiros e 157 auxiliares e técnicos para 89 leitos entre enfermarias, UTI e semi-intensivo.

A enfermeira Responsável Técnica, que acaba de assumir a função, já solicitou um reforço imediato de 93 profissionais, sendo 14 enfermeiros e 79 técnicos de enfermagem. A solicitação foi entregue à direção do hospital, que encaminhou à Secretaria Estadual de Saúde.

O Departamento de Fiscalização do Conselho também fez todas as notificações possíveis no sentido de que os problemas verificados fossem corrigidos. Agora, o poder de solução, ou de assumir a responsabilidade por eventuais danos aos pacientes, está com a Sesa.

O presidente do Coren-ES lembra que de abril a agosto do ano passado, após o Conselho preparar uma interdição ética de enfermagem no São Lucas e no Hospital Infantil de Vitória, o secretário estadual de Saúde, Ricardo de Oliveira, deu início às contratações para cobrir o déficit de pessoal nas duas unidades. Com o fechamento do PS do HSL, porém, a enfermagem sofreu nova redução e chegou a um ponto alarmante.

“A Sesa está ciente da situação, mas parece não haver empenho para resolver o problema. Os pacientes do São Lucas, nas enfermarias deixadas no HPM, estão sofrendo sério risco. Os profissionais de enfermagem também estão vulneráveis porque não dão conta da demanda”, alertou Wilton Patrício.

 

 

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