Pesquisa aponta sobrecarga mental de profissionais da Enfermagem


27.09.2022

Em meio às lutas em defesa do piso salarial, a Enfermagem no Brasil enfrenta um quadro de alta sobrecarga mental, fadiga e falta de reconhecimento profissional.

O diagnóstico é do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), que entrevistou cerca de 1,5 mil profissionais de seis instituições de saúde, públicas e privadas, de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Amazonas, entre dezembro de 2020 e junho de 2021.

Segundo os pesquisadores, o sentimento de baixa realização profissional chegou a 69,1% dos entrevistados. Um quadro que, somado à pressão da atividade, eleva a incidência de risco de burnout relacionado à exaustão emocional no ambiente de trabalho – um tipo de distúrbio mental que causa sentimento de desconexão entre o corpo e a mente. Esse aspecto atinge cerca de 18% dos profissionais entrevistados.

A pesquisa identificou também episódios frequentes de medo, insegurança e ansiedade, o que leva ao aumento da probabilidade de erros no trabalho de assistência à saúde. Esses aspectos, segundo os pesquisadores, são típicos do ambiente de trabalho, marcado pela alta rotatividade, absenteísmo, duplo emprego, alta carga de trabalho, riscos ocupacionais e elevada carga mental e sofrimento devido à morte de pacientes.

O quadro de saúde mental dos profissionais da Enfermagem apontado pelos pesquisadores da Qualisa, somado aos baixos salários pagos à categoria, tende a levar ao temido déficit de 1,8 milhão de trabalhadores do setor nas Américas estimado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para 2030.

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