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Setembro Amarelo: 90% dos suicídios são evitáveis e você pode ajudar


26.09.2017

Fique!

Um suicídio ocorre a cada 40 segundos no mundo e a cada 45 minutos no Brasil. Todo dia, 28 brasileiros cometem suicídio e, para cada morte, há entre 10 a 20 tentativas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Suicídio ou autocídio é o ato intencional de matar a si mesmo. Não é drama. Não é pra chamar a atenção. Não é falta de Deus, e muito menos frescura. É uma opção errada. Aliás, nem é opção, é um equívoco gravíssimo.

O comportamento suicida está associado com a impossibilidade do indivíduo de identificar alternativas viáveis para a solução de seus conflitos, optando pela morte como resposta de fuga da situação de estresse.

Para a OMS o assunto precisa “deixar de ser tabu”, pois tirar a própria vida já é a segunda principal causa de morte em todo mundo para pessoas de 15 a 29 anos de idade, ainda que, estatisticamente, pessoas com mais de 70 anos sejam mais propensas a cometer suicídio.

O aumento do número de mortes de jovens no Brasil está na contramão do observado em países da Europa, Estados Unidos e Austrália, nos quais o número de suicídio de jovens vem caindo. Daí a necessidade de discutir o tema.

Quanto mais jovem o indivíduo que opta pelo suicídio maior a probabilidade do evento causador ter seu disparador na família. Entre adolescentes, a falta de diálogo, não se sentir aceito pela família, a falta de orientação e de meta, o uso de álcool e drogas, a gravidez indesejada e o aborto concorrem para este infeliz desfecho.

A depressão está aumentando em toda a população, inclusive entre os mais jovens. Segundo a OMS, o Brasil é o país campeão mundial do transtorno de ansiedade, e o quinto em número de pessoas com depressão; o que significa aproximadamente 11,5 milhões de brasileiros. É o oitavo país com maior número de suicídios no mundo, de acordo com ranking divulgado pela OMS em 2014.

Várias são as causas para a prática suicida, como o transtorno mental, a depressão e outras doenças como a esquizofrenia, que afeta 1% da população e contribui com mais de 10% dos suicídios.

90% dos suicídios são preveníveis. Como? Você pode ajudar? Sim, todos podem ajudar.

Entenda que quando uma pessoa decide terminar com a sua vida, os seus pensamentos, sentimentos e ações apresentam-se muito restritivos, ou seja, ela pensa constantemente sobre o suicídio e é incapaz de perceber outras maneiras de enfrentar ou de sair do problema. O funcionamento mental gira em torno de três sentimentos intolerável (não suportar); inescapável (sem saída); e interminável (sem fim).

Existe uma distorção da percepção de realidade com avaliação negativa de si mesmo, do mundo e do futuro. E quando a vida perde o sentido, o suicídio pode ser uma ameaça silenciosa. É preciso identificar a intenção se de tirar a própria vida e o que fazer nesses casos.

Os pensamentos suicidas podem surgir quando as sensações de desamparo, isolamento e desespero se tornam fortes demais para suportar. A sobrecarga da dor pode fazer parecer como se o suicídio fosse o único modo de se livrar do fardo que tem carregado.

A Associação Brasileira de Psiquiatria e o Conselho Federal de Medicina lançaram em 2014 a cartilha para combater o suicídio, que está disponível em www.cvv.org.br/downloads/suicidio_informado_para_prevenir_abp_2014.pdf

É possível ajudar uma pessoa que apresenta comportamentos suicidas. Reserve tempo suficiente para conversar abertamente; trate-a com respeito e nada de julgamentos; ouça-a efetivamente, seja empático; ofereça apoio, e auxilie a pessoa a encontrar ajuda terapêutica profissional, psicanalista, psiquiatra, psicólogo, seja na rede privada ou na rede pública através do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), ou ainda no Centro de Valorização da Vida (CVV). E busque informação sobre o assunto.

A posvenção do suicídio inclui habilidades e estratégias para cuidar de si mesmo ou ajudar outra pessoa a se curar após a experiência de pensamentos suicidas, tentativas ou morte. Deste modo, a própria pessoa e a família devem ser acompanhadas para evitar novas tentativas, bem como ajudar no processo do luto em caso de suicídio ocorrido.

A melhor prevenção é a informação.

O CVV/Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, email, chat e Skype 24 h todos os dias. Através do www.cvv.org.br, e em Vitória no tel.: (27) 3223-4111, na Av. Alberto Torres, 153 – Jucutuquara – 29040-700.

Adriani Geralda Ribeiro, enfermeira, coordenadora do Departamento de Fiscalização do Coren-ES

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