O coordenador médico do Samu 192, Márcio Lameri, afirma que a primeira medida que deve ser tomada quando há caso de afogamento é chamar um salva-vidas, se houver, e os serviços de resgate, como o Corpo de Bombeiros e o Samu 192. Este último realiza salvamento fora da água, enquanto que os salva-vidas e os bombeiros entram no mar para fazer o resgate.

“Mas se alguém que estiver no local tomar a iniciativa de socorrer a vítima, deve, em primeiro lugar, saber nadar. A pessoa também deve entrar na água com uma boia, prancha, ou qualquer outro material que flutue para que a vítima possa se apoiar”, explica o coordenador.

Medidas simples podem evitar afogamentos. Segundo Márcio Lameri, os banhistas devem escolher locais onde tenham posto de salvamento e que estejam longe das pedras, principalmente daquelas próximas às arrebentações. “Os banhistas devem também buscar informações sobre as possíveis situações de perigo do local e não cair na água após ter ingerido álcool”, completa o coordenador.

As crianças merecem cuidado especial. Ele recomenda que elas estejam sempre em companhia de um adulto, que não deve confiar nas boias plásticas. “Geralmente quando as crianças estão de boia, os responsáveis tendem a se preocupar menos. Isso também acontece nas piscinas, onde os pais ficam mais seguros. Mas deve haver cuidados principalmente com brincadeiras na borda da piscina, que podem causar algum trauma”, enfatiza.

Treinamento

Os 330 profissionais do Samu 192 – entre médicos, enfermeiros, condutores e atendentes – passarão, nesta terça-feira (22), por treinamento sobre as manobras de atendimento ao socorro a vítimas de afogamento. A capacitação, que faz parte da educação permanente aos profissionais do Samu 192, será realizada das 15 horas às 16h30.

Segundo a coordenadora do Samu 192, Engre Beilke, serão abordadas técnicas de salvamento, de acordo com o grau de risco de morte. O mais grave é quando o paciente necessita de reanimação. “Para cada tipo de risco, há um atendimento específico e um tipo de serviço de saúde para onde ele será levado”, afirma.

Dicas para evitar afogamento:

– Não ficar próximo de locais com pedras, principalmente nas arrebentações.

– Ao caminhar ou pescar em pedras, procurar ficar longe do alcance das ondas e não nadar próximo a pedras.

– Buscar local apropriado para banho e se informar sobre situações de perigo nos balneários.

– Procurar locais onde haja postos de salvamento.

– Não cair na água após ingerir álcool ou comida pesada.

– Crianças devem estar sempre acompanhadas de adultos (mais de 80% dos afogamentos envolvendo crianças ocorrem por distração do adulto).

– Não confiar em boias plásticas infantis.

– Quando houver caso de afogamento, chamar um salva-vidas e serviços de resgate.

– Para tirar a vítima de afogamento da água, a pessoa deve saber nadar e levar uma boia ou prancha para a vítima se apoiar.

– Molhar nuca e pulsos antes de entrar na água para evitar choque térmico.

– A prevenção é o melhor modo de evitar o afogamento.

Texto: Assessoria de Imprensa da Sesa
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