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Coren-ES reitera que salário aviltante é uma violência a enfermagem

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05.07.2017

Não existe saúde sem enfermagem. Os auxiliares, técnicos e enfermeiros são os únicos profissionais que se dedicam 24 horas ao cuidado. Essa é a missão da enfermagem: cuidar de gente.

Infelizmente, a enfermagem não tem o reconhecimento e a valorização que merece. Gestores públicos e empregadores privados mantêm salários aviltantes e nem sequer oferecem condições dignas e seguras de trabalho.

O Coren-ES reafirma que essa exploração é uma injustiça praticada contra aqueles que desempenham funções essenciais para a sociedade. Também é mais uma forma de violência imposta a auxiliares, técnicos e enfermeiros do Espírito Santo e de todo o Brasil.

Criado por lei federal para fiscalizar e disciplinar o exercício profissional de enfermagem, o Coren-ES não tem atribuição legal para atuar em questões trabalhistas, como salário. Essa prerrogativa é dos SINDICATOS.

Os Conselhos, de modo geral, não podem negociar salário. Não se trata de querer ou não. Simplesmente não podem porque é atribuição exclusiva de entidade classista (sindicato).

O que os Conselhos estão autorizados a fazer é articular a aprovação de leis. Nesse sentido há um forte engajamento do Coren-ES. Participa, por exemplo, das ações empreendidas pelo Sistema Cofen/Conselho Regionais de Enfermagem, no sentido de que sejam aprovados, na Câmara Federal, projetos fundamentais como o que regulamenta a jornada de 30 horas semanais e o que institui piso salarial para os profissionais de enfermagem do Brasil. O das 30 horas está pronto para ser votado em plenário. Já o do piso salarial ainda precisa passar por várias comissões permanentes no Congresso.

O Cofen e os Conselhos Regionais de Enfermagem também têm se esforçado pela aprovação da Lei do Descanso Digno, entre outras.

Mais uma vez, o Coren-ES chama a atenção dos gestores, dos parlamentares e da sociedade em geral, para a necessidade de reconhecerem a importância e a dedicação da enfermagem, e que esse reconhecimento resulte em melhorias para os profissionais e para a assistência prestada à população.